domingo, 9 de novembro de 2014

INTERNET: RUPTURA NOS CONSAGRADOS MODELOS EDUCACIONAIS

INTERNET: RUPTURA NOS CONSAGRADOS MODELOS EDUCACIONAIS


Jacir J. Venturi
Um belo exemplo do uso da internet vem do casal Bill e Melinda Gates: para a filha mais velha de dez anos, os dois estabeleceram o limite de 45 minutos por dia. Sábados, domingos e feriados um pouco mais: uma hora. Ao proferir uma palestra no Canadá, Bill Gates conta que a filha protestou:
─ Mas, pai, vou ter este limite por toda a minha vida?
─ Não. Quando sair de casa, você poderá definir seu próprio tempo de uso do computador – responde Bill Gates, arrancando risos do auditório.
Uma atitude de pais zelosos e com autoridade. Porém, isso aconteceu há 7 anos. Hoje Jennifer está com 17 anos, é uma adolescente e, nesse curto período, houve imensos avanços tecnológicos e nos costumes. Tampouco o Dr. Google consegue responder à atual postura do casal em relação aos três filhos – os outros dois têm 14 e 11 anos –, pois residem numa cibermansão de US$ 45 milhões, às margens do lago Washington, próximo de Seattle. Sabe-se, apenas, que os pais proíbem o uso de iPhone, iPod e iPad, da arquirrival Apple, mas permitem os similares da Microsoft.
É consensual que a internet representa uma ruptura em relação aos consagrados modelos educacionais e pedagógicos, justificando a divisão a.w. (antes da web) e d.w. (depois da web). Diante de nós, descortina-se o fascinante e falacioso mundo do www.
A bem da verdade, em nenhum momento da história se ofereceu acesso ao conhecimento de maneira tão ampla e democrática. A contrapartida é que metade de seus bites é descartável, fútil ou pernicioso, especialmente às nossas crianças e adolescentes. Pesquisa divulgada pela CGI em junho de 2013 comprova que 47% dos brasileiros de 9 a 16 anos utilizam o sedutor mundo digital todos os dias, percentual que na faixa etária dos 15 a 16 anos sobe para 83%. O mesmo Instituto CGI publicou que 62% dos alunos das escolas públicas têm computador em casa, e o índice sobe para 94% nas residências dos estudantes das escolas privadas. A atividade preferida é acessar as redes sociais – Facebook, Tumblr, Instagram, WhatsApp, Twitter e You Tube.

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